segunda-feira, 21 de maio de 2012

Amor Imortal

Yoo~ Ok, não fica legal esse comprimento de brow quando a história é tão triste .qq Mas, é só isso mesmo, aproveitem a leitura ;)


Informações técnicas: 
Nº de palavras: 1552        Gênero: Drama, romance.       Tempo médio para leitura: 5 a 10 minutos       Anime/Manga de referência: ##      Personagens:  ##          Classificação: 14 anos 


~x~

-Deixe-me ir Miguel! Eu não quero falar com você, nunca mais. 

-Anna! Anna espera! Não vai embora, eu amo você, mais do que tudo! 

Ele segura a mão da amada, impossibilitando sua saída. Anna sentia o toque suave das mãos de Miguel com lágrimas nos olhos, queria, mas não podia, não devia. Então, ela o viu chorando, pela primeira vez. 

-Por favor... Eu te amo... Você é a única que eu quero amar! Hoje e pra sempre! Eu nunca vou te abandonar, não importa o que aconteça. Você faz parte de mim Anna, eu não sei viver sem você, nada funciona sem você então, por favor... Não vá embora, que não fique por mim então, mas fique pelo seu filho! 

-Você me enganou Miguel - Ela permanecia de costas para o rapaz e chorava silenciosamente - se me amasse tanto, eu jamais teria de viver o que vivi. Você acha que é fácil pra mim? Você acha que eu não te amo Miguel? Diz pra mim! Ninguém Miguel, mas ninguém mesmo te ama mais do que eu, ninguém tem mais vontade de estar com você do que eu! - Ela se vira e o encara com os olhos carregados de lágrimas - E o que você fez com todo o amor que eu te dei? Trocou pela orgia de uma vagabunda qualquer, e agora vem falar pra mim de amor... Eu sei o que é amor de verdade Miguel, você ainda precisa terminar de construir seus conceitos sobre isso. Adeus...

Ela solta a mão de seu amor com muita dor no coração, era difícil acreditar que fora traída por aquele que mais amava, que fora traída pelo pai de seu filho e principalmente, que fora traída por aquele que lhe jurou fidelidade e amor incondicionais até o fim de seus dias. Ela chorava cada vez mais conforme se distanciava de sua casa... Ao menos, a casa já fora sua um dia. Nada além da tristeza e da dor que sentia se passava em seu coração e sua mente ficara vazia, no momento em que viu o homem que ela mais amou em sua vida, seminu, deitado sobre outra mulher, acariciando-lhe o rosto como costumava acariciar o seu. As lágrimas pareciam se multiplicar a cada segundo. "MEU FILHO!" ela pensou, "Não vou deixá-lo sozinho!" e correu de volta à grande casa, em busca de seu menino. 
Abrindo bruscamente a porta, entrou e gritou:

-MIGUEL! Me dá meu filho, nós vamos embora! Miguel! Miguel! 

Anna gritava pausadamente. Sendo cada vez mais consumida pela dor, caiu de joelhos no chão, com a face inteiramente molhada por suas lágrimas, a ponta do nariz e os olhos vermelhos e os cabelos desarrumados. Miguel a ouviu gritando e desceu as escadas o mais rápido que pode. Ele viu Anna ajoelhada no chão, falando baixo para si mesma "Me dá meu filho, por favor..." e chorando. Então, se ajoelhou ao seu lado e a abraçou; a abraçou com todo o amor que podia dar a ela; queria que cada vez mais ela sentisse o amor que ele tinha por ela, e queria que ela soubesse que era verdadeiro e puro. 

- Meu filho não vai sair daqui Anna, se quiser ficar com ele, terá de ficar aqui. - Miguel pronunciou em palavras claras, acariciando o cabelo ruivo de sua amada.

- Você sabe o que fez Miguel. Não me faça sofrer mais, por favor... Eu tive vontade de morrer quando te vi com aquela mulher. Eu te amo e nada mudará isso, mas, eu não posso ficar mais com você, não quero ter de pensar em como será se acontecer de novo... Eu te amo, mas não posso aguentar viver com você desta maneira Miguel! Você sabe de tudo o que falo, então pare e me deixe ir com o meu garoto. Deixe-me construir uma vida sem você, deixe-me...

- Uma vida sem amor não é uma vida, Anna. - Ele a interrompe, se virando de frente para ela e segurando suas mãos. - Eu posso explicar o que houve hoje, mas talvez você só me odeie mais... Ah Anna, jamais desistirei de você. - Ele volta a abraça-la e deita a cabeça em seu ombro. - Não importa o quão distante você esteja, não importa se já não me ama mais. Nada importa pra mim Anna, desde que eu esteja com você.
-Então me explique a situação - Anna o aconchega em seus ombros. - Eu não quero te perder Miguel! Eu nunca vou deixar de te amar, nunca. 

-Ela me chantageou. Descobriu tudo que não era pra ser descoberto e me ameaçou, disse que contaria se eu não ficasse com ela por uma noite. - As lágrimas fugiram de seus olhos pela segunda vez naquele dia. - Ninguém podia saber Anna! Se soubessem, eu ia falir, não teria como nos manter, eu não podia arriscar perder vocês... 

-Você nos perdeu Miguel, mas de outra forma. Mentiu. Enganou. Fez falsas promessas... Eu te amo e nada vai mudar isso, mas vou embora. E vou levar o Mikael junto. Escreverei pra você quando estiver em moradia fixa, então poderá ver nosso... Meu pequeno.
Anna tentou ao máximo segurar as lágrimas; fora em vão. Ela subiu as escadas e foi até o quarto do pequeno Mikael. Observou-o por alguns instantes. O rosto do menino era perfeito; ele sorria e seus olho verdes brilhavam. Ela o pegou no colo e acariciou o pouco de cabelo castanho que o bebê tinha na cabeça. Desceu e saiu da casa. Andou até o ponto de táxi mais próximo e foi para uma velha pensão que conhecia, no centro da cidade. 

-Dona Anna acabou de sair com o Mikael, Sr. Miguel. Ela estava chorando. Aconteceu alguma coisa foi sinhô? - Perguntou Antônia; governanta da casa que chegava ao mesmo tempo em que Anna ia embora. 

- Ela foi embora Antônia, e não vai mais voltar... Ela levou nosso filho, ela levou um pedaço de mim junto com ela. Me diz Antônia, o que eu vou fazer da minha vida sem essa mulher? O QUE EU VOU FAZER DESSA DROGA DE VIDA? - Miguel  falou transformando o sofrimento em raiva, de si próprio, e dando um soco na parede, calando-se em seguida.

-Não sei não sinhô. Por que não vai falar com ela? Eu sei pra onde ela foi. Se o sinhô quiser, eu posso fazer uma mala pro sinhô levar pra ela e pro Mikael. Quem sabe né... Parece que foi sério... Dona Anna não fica triste sem motivo...

-Faça as malas então Antônia, e me diz, onde ela tá, pelo amor de Deus!

-O sinhô lembra aquela pensão, que um dia já abrigou vocês dois? Naquele dia chuvoso, que vocês estavam voltando de viagem?

Miguel não espera mais nem um segundo. Pega o carro e vai atrás de Anna. Ele não queria perder mais nem um minuto de sua vida, e cada minuto sem Anna era um minuto muito mais do que desperdiçado. O jovem rapaz não queria saber de mais nada no mundo à sua volta, acelerava cada vez mais. Até que se descontrolou; começou a chorar desesperadamente e bateu com o carro em um muro qualquer. Ninguém que passava por ali havia se machucado e logo, uma multidão estava formada em volta do carro. Miguel havia batido a cabeça no vidro dianteiro, seu lindo rosto fora cortado por inteiro pelo pedaços de vidro que voaram com a batida, era possível ver a carne por baixo de sua pele.  Já inconsciente, ele balbucia - Anna... Me perdoe...- e morre. Morre com uma ferida tão grande quanto a de seu rosto, só que no coração. 

A pensão na qual Anna estava com Mikael era perto dali, e da janela de seu quarto, a jovem podia ver o acidente. Sentia falta de Miguel, aquelas poucas horas foram suficientes para matá-la por dentro. Não aguentava; queria voltar, mas não podia. Então ela se vai. Anna volta caminhando por onde veio, lentamente, com todas as forças que ainda tinha. Ela passa no local do acidente e todos se perguntavam se alguém conhecia o falecido, até que a pergunta chegou em Anna:

- A senhorita o conhece? Acabou de sofrer este terrível acidente, estamos tentando achar alguém que conheça o rapaz. O nome dele é Miguel... 
O senhor que foi perguntar à Anna se ela conhecia a vítima, mal pode terminar de dizer o nome do rapaz, Anna já sabia. Era o seu Miguel. Aquele que ela mais amou. Aquele à quem daria sua vida. Ela correu até o carro, na esperança de que fosse apenas um pesadelo e o viu. Despedaçado, morto e desfigurado. Pôs-se a chorar, Mikael chorou junto. Era a maior traição que ele havia cometido; ele prometera ficar com ela para sempre, e se foi. Anna sentiu-se desolada, quebrada; seu interior havia por fim morrido. Dentro do carro, ela encontrou um papel dobrado; abriu-o e leu:

"Querida Anna, me desculpe. Saiba que te amo, não importa o que aconteça. Pode me deixar, mas não me deixe viver sem sua presença. Prometa que se cuidará e que cuidará bem de nosso filho. 

Com amor,


Miguel"

      Anna quis morrer junto com Miguel, mas, ao invés disso, decidiu que não. Ela ficaria; aguentaria o resto de sua vida; se cuidaria e cuidaria de seu filho. Aquele filho, que será o mais amado de todos.

~x~

Gostaram?? Pretendo fazer uma continuação... Deixem sua opinião por favor u.u

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